Na ruazinha, uma infinidade de casas coloridas
Todas iguais, independente das cores sortidas
Um rapaz ali passava, e como era de se esperar
Às idênticas residências não se destinava a olhar
Todavia, certo dia uma delas, de súbito, o atraiu
Pois o outono passava, estando a caminho o frio
Um lar roxo o encantou: era belo, calmo e cálido
Tendo o efeito de uma aquarela num olhar pálido
Entretanto, pôs-se a meditar se sensato seria trocar
Uma miríade de cores por um monocromático lar,
A visão de um teto qualquer, pela do céu e seu luar
Sendo assim, resolveu mudar seu percurso: “desista”,
Foi o que disse a si mesmo, perdendo, então, de vista
A casinha que nem sequer chegou a visitar.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Sob as estrelas
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