sexta-feira, 9 de abril de 2010
Partida
Já sentiu-se o interior de uma concha habitar?
Não tencionando tal formidável abrigo deixar
A mediocridade exterior a mesma não visitava
Pois seu sentinela deletérias presenças negava
Porém, houve um convite realmente indeclinável
Uma formosa dama de linguajar bastante hábil
Fez com que o solitário morador se inquirisse
Se não desejava dar adeus a sua imensa tolice
Julgou-se tolo por prender-se em tal recanto
Que em atual momento apodou de lar do pranto
Pois sentia-se incapaz de sobre a vida refletir
Porque seu único desejo da vivenda era partir
Partilhar seus sentimentos lhe era fundamental
Entregar sua alma à charmosa temporada estival
Quiçá não seja essa a estação propícia às flores;
Se não o for, em arte se transformarão as dores
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4 comentários:
vc escreve muito bem (:
foste tu que escreveu?
porque se foi, ficou realmente muito lindo!
é, meu caro...
"Arte é sofrimento"
já diria nosso consagradíssimo poeta e exímio clarinestista Lula Molusco.
:)
gostei daqui!
Que palavras bailarinas...seu versos, suas rimas...mas as entrelinhas ainda mais rodpiantes.
:) vc é ótimo.
beijos
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