segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Poema pueril



Pequenos em estatura, mas de imensa imaginação

Maravilhados com contos de fadas, alheios à desilusão

Detêm almas cândidas, desconhecem preconceitos

Somente à amizade e ao perdão encontram-se afeitos

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Entretanto, ao invés de com eles aprendermos

Nossos vícios aos pequenos logo transmitiremos

Assim, perde-se de manter uma alma pueril

Pois com desmedida pressa a tornamos senil

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Morre-se de saudade do que se era na infância

Seres infames, que almejam o passado com ânsia

Não mais afeitos ao afeto, já com o espírito decrépito

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Um cristal jamais será o mesmo após se quebrar

Assim, a pureza pueril como poeira a se dispersar

Perder-se-á para sempre, deixando vozes a lamentar

Um comentário:

Renata disse...

eu ainda acredito que possa existir algo puro e ingênuo dentro de cada um, basta deixarmos as máscaras cairem.