Muitos baús podem se encontar destituídos de tesouros
Embora belamente adornados, por dentro estão vazios
Nem sequer terão cruzado o mundo em encantadores navios;
Havendo neles apenas o que são por si sós joias e ouros
Porém, em tempos deveras áridos para o intelecto
Navegar em um fabuloso, mas conturbado mar
Representa do porto intitulado felicidade se distanciar;
Teima-se em transformar um espírito jovial em provecto
Quando pelo veneno da resignação nos tornamos infectos
No final das contas, percrustar oceanos é realmente tentador
Embora a água límpida e espumante seja vista com temor
Por quem não sabe nadar e tal arte não se dispõe a praticar
Somente os peixes sem ínfimos esforços nascem e saem nadando
Quanto a nós, desde os tempos de antanho, foi preciso empenho
Pois se inexiste, indubitavelmente haverá pretextos ao desdenho
Porquanto onde a indolência governa, a si mesmo se está enterrando
Seria mais sensato realmente, destinar às profundezas da terra
Baús por belas pedras incrustados, contudo da ignorância aliados
Ao invés de arcas de aspecto não tão sublime à falibilidade da visão
Porém, cujos tesouros recônditos satisfazem a um plácido coração
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