segunda-feira, 2 de março de 2009

Livros


É comum uma enorme crucificação dos best-sellers por parte de professores de literatura e demais leitores dos clássicos alegando que estes são livros efêmeros, pois vendem incrivelmente em um determinado momento, são o tema principal de inúmeras conversas e instantes depois o tempo os transforma em poeira. Concordo que muitas dessas obras realmente pouco acrescentam em matéria de instrução e hábito de pensar por si só ao leitor; contudo, pode-se descrever a literatura como uma grande escada, onde os degraus equivalem aos níveis de dificuldade de cada obra, logo se o leitor de primeira viagem resolver subir três ou quatro degraus de uma vez só, poderá cair e tal queda redundar em um temor ou em uma aversão àquela forma de ascensão ao conhecimento. Na obra "Ensaios céticos", de Bertrand Russel, o autor conta uma espécie de fábula, não de sua autoria, alegando que todos somos favoráveis à instrução, até mesmo sentimos necessidade da mesma, porém podemos ficar temerosos em relação a esta se houver qualquer espécie de precipitação e formas ineficazes de estímulo.  Um homem almejava ensinar o seu gatinho em tenra idade a caçar ratos, porém o felino não estava preparado e não obtinha êxito no que seu dono desejava, por conseguinte, este lhe batia visando educá-lo, o resutado disso tudo foi desastroso, porque o gato cresceu e cada vez que via um rato se punha a tremer desesperadamente. Contudo, se fosse educado por sua mãe e aprendesse aos poucos e tendo um ensinamento desprovido de punições, acabaria transformando em uma satisfação tais caçadas, o conto presente na obra é basicamente este, logo fica evidente nosso instinto por conhecimento, tanto que a criança entre dois e três anos despende enormes esforços a fim de aprender a falar como seus progenitores o fazem, e sempre alcança o sucesso nesse intento, apenas observando os demais falarem e praticando a todo instante, sem punições nem precipitações.

Também já fui bastante contrário aos clássicos da literatura, a ponto de chamá-los de estúpidos; contudo, minha opinião mudou a tal respeito, somente não estava pronto para lê-los na época de tal afirmação infeliz. Voltando ao assunto dos best-sellers, estes que atualmente, até para certo espanto, estão abordando temas deveras interessantes como filosofia e a segunda guerra mundial, dando destaque para as obras "O mundo de Sofia", "Quando Nietzsche chorou" e "A cura de Schopenhauer", que além de serem livros bem escritos, instigam os leitores a ler acerca dos autores citados em tais obrasEm suma, precisa-se de um certo estímulo, pois vontade todos temos, a menos que essa seja podada por um mau jardineiro, que ao almejar findar uma erva-daninha, acabe cortando uma bela rosa sem intenção. 

17 comentários:

Lola disse...

acredito que toda forma de leitura é válida, independente do que o livro trata ou a forma que ele foi feito, ler é conhecer o mundo, as pessoas... é demais!


http://cahierdemarie.wordpress.com/

TATA CRISTINA disse...

Eu adoro ler, não importa se é um best-seller ou não. O que importa, para mim, é qualidade.
Muito bom o seu blog, parabéns!
Beijos

RJ disse...

discordo de quem pensa assim... existem muitos best sellers que nunca serão esquecidos e se chegou ao ponto de ser vendido a milhões de pessoas, esses livros sempre iraõ fazer sentido para muitas pessoas, embora sejam esquecidos por outras...

eu tbm adoro ler.. e acho que cada obra é unica.. tirando as imitações, é claro. heheh!

abraços!

YagoMurakami disse...

oque importa se o conteudo é bom ou não na sua opnião, best-seller ou não, se for de agrado, serve!
abraços!

http://wallnosekai.blogspot.com/

TIAGO SÂNZIO disse...

realmente... concordo muito com tudo! Tomei verdadeira antipatia por José de Alencar por ter sido orbigado a ler O Guarani na escola, com apenas 13 anos... Clássico tem que ter idade e maturidade!

MUito bom o texto!

Marton Olympio disse...

Pois é cara.
Você tocou num assunto delicado.
Os puristas julgam que grandes best sellers, não podem ser um livro bem feito, bem acabado e com alguma força em sua mensagem.
Exemplo: Rubem Fonseca. Vende muito bem, e tem qualidade literária, apesar dos mais afoitos afirmarem que ele já tem uma fórmula. Tolice.
Veríssimo, que assim como eu, tem um pé forte no humor, talvez seja considerado com leitura relevante daqui a séculos.
Lógico que não me comparei ao mestre, apenas por que escrevo de humor também, assim como diversas outras coisas.
Uma discussão ampla e que acho que não termina. Pricipalmente num país povoado de analfabetos funcionais.

abraços.

e se quiser, apareça, e opine:

http://martonolympio.blogspot.com/

Dani disse...

cada um tem uma forma de ver e interpretar,
oq é bom pra uns, pra outros podem ja não ser.


http://nadadelicada.blogspot.com/

Ágda Santos disse...

Já vi algo parecido em um discurso na paraninfa da minha formatura. Adorei seu blog.

Saulo Lopes disse...

Que legal teu blog! Parabéns!

Abraço.


Visite-me

http://saulolopes.blogspot.com

Homenzinho de Barba Mal feita disse...

Olá Michel...
Eu já li "Quando Nietzsche chorou" que por sinal é ótimo. Já "A cura de Schopenhauer", eu ainda não tive a oportunidade de ler.
Eu acredito que seja um crime das escolas, fornecerem somente literatura clássica para os seus alunos.
Hoje que tenho 22 anos, adoro Machado de assis, mas acredito que não iria gostar, quando tinha 14 anos.
O adolescente quando tem a obrigação de ler, para fazer uma prova ou um trabalho escolar, fica totalmente desnorteado com a linguagem e, muitas vezes com as metáforas que são usadas, por alguns autores.
Eu sou a favor de disponibilizar livros de contos, que tem uma leitura, mais curta, e que ajuda a eliminar o conceito que leitura é algo penoso.
Sou a favor de disponibilizar um Luis Fernando Veríssimo, para depois introduzir uma clarisse Lispector.

Fonseca disse...

Independente de ser best-seller ou não, o que importa é se o leitor consegue absorver e se identificar com a mensagem que o livro passa

www.los-cookies.blogspot.com

Carlos Henrique disse...

- Eu não curto muitoo ler,mais leio livros de poucas páginas.
Mas ler sempre é bom e preciso.

Anônimo disse...

Eu amo ler
to ate tentando escrever um livro e um seriado
se quiser visita meu perfil no blogger e vc vai ver meu seriado
*-*
abraço

ੴ₮ℍαʆι₮α ωαʆʆ€ѕкαੴ disse...

eu amo ler livro agora de literatura curto poucos...eu leio livros + de detetive e de romance policais...sidney sheldon eh uma boa...
eh engrado que quando agente ta lendo vem imagens a nossa cabeça...agente fica imaginando como eh o rosto dos personagem...
a vida eh um livro cada pàgina uma surpresa...rsrs...apreni isso em um livro...
post mara...

Rosangela A. Santos disse...

Tem livros que conseguem agradar a grande maioria de publico acho que é por isso que são chamados "os melhores" .. tb acho toda forma de leitura é valida .. mas best-seller é best-seller...

Abç.

Michell Correia. disse...

Não sou muito de pegar um livro e sentar para ler, nao tenho esse hábito infelizmente, mas quando eu pego, eles me prendem, mas o best sellers que te envolvem na estória !!

www.tutoart.net

ederDBZ disse...

creio que todo e qualquer tipo de leitura é válida... muitos diziam que histórias em quadrinhos eram má influencia às crianças, mas pegue por exemplo GEN - PES DESCALÇOS, é um mangá que retrata a 2ª Guerra Mundial pelo ponto de vista dos sobreviventes das bombas atômicas, tão importante qto esses "livros cabeça" que são despejados nas prateleiras das livrarias...

axo que cada um tem que ler, assistir e ouvir aquilo que gosta e deixarem tais "pensantes" e suas opinios de lado